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MPF pede cassação de governador do RJ, vice e presidente da Alerj

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu nesta segunda-feira (6) a cassação do governador Cláudio Castro, do vice-governador, Thiago Pampolha; e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, por abuso de poder político e econômico e irregularidades em folhas de pagamento do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro ( Fundação Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 2022.

Por Diário Sul de Minas em 06/05/2024 às 23:14:08

Foto: Agência Brasil - EBC

O Ministério PĂșblico Federal no Rio de Janeiro pediu nesta segunda-feira (6) a cassação do governador ClĂĄudio Castro, do vice-governador, Thiago Pampolha; e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, por abuso de poder polĂ­tico e econômico e irregularidades em folhas de pagamento do Centro Estadual de EstatĂ­sticas, Pesquisas e Formação de Servidores PĂșblicos do Rio de Janeiro ( Fundação Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 2022.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) pediu ainda a inelegibilidade de Castro e Bacellar por oito anos, a partir das eleições de 2022. Não foi solicitada a inelegibilidade de Thiago Pampolha por oito anos, por ele ter ingressado na chapa de Castro pouco antes do pleito de 2022.

No documento, de 117 pĂĄginas, a procuradora regional eleitoral, Neide Cardoso de Oliveira, e o procurador regional eleitoral substituto, FlĂĄvio Paixão argumentam que documentos e testemunhas comprovam o uso eleitoral da mĂĄquina pĂșblica e de servidores temporĂĄrios como cabos eleitorais da chapa de Castro e de polĂ­ticos da base aliada do governo.


"O esquema teve o claro objetivo da utilização da mĂĄquina pĂșblica estadual, à exclusiva disposição dos investigados, para permitir o escoamento de recursos pĂșblicos, dando-lhes aparĂȘncia de legalidade, mas que, em verdade, foram indevidamente utilizados para promover as suas candidaturas e cooptar votos para as suas respectivas vitórias, nas urnas, atendendo a interesses pessoais escusos e a perpetuação dos referidos polĂ­ticos nos cargos eletivos do Estado do Rio de Janeiro, sobrepondo-se ao interesse coletivo", escreveram os procuradores.

Em relação à Fundação Ceperj e a Uerj, os procuradores dizem que as investigações apontam que projetos das instituições foram usados para "recrutamento de milhares de cidadãos fluminenses" em favor dos candidatos nas eleições de 2022.

A procuradoria solicitou ainda a inelegibilidade por oito anos de outros seis investigados: o deputado estadual Léo Vieira, os deputados federais Aureo Ribeiro e Max Lemos, do secretĂĄrio de Governo, Bernardo Rossi, e de Gutemberg de Paula Fonseca e Marcos Venissius da Silva Barbosa, sem mandato parlamentar.

De acordo com a procuradoria, os 12 réus do caso – nove polĂ­ticos e os então gestores pĂșblicos Allan Borges (subsecretĂĄrio da Secretaria de Infraestrutura e Obras/RJ), Patrique Welber Atela (secretĂĄrio de Trabalho e Renda/RJ) e Danielle Christian Ribeiro Barros (secretĂĄria de Cultura e Economia Criativa/RJ) – usaram a estrutura do Estado para obter as vitórias eleitorais em 2022.

Defesa

Por meio de nota, a defesa do governador informou que ele tem prestado todos os esclarecimentos aos órgãos de controle. Após as denĂșncias, o governador ClĂĄudio Castro determinou a extinção dos projetos da Fundação Ceperj, que estĂĄ sendo reestruturada. Segundo a defesa, o nome do governador não é citado em nenhum dos depoimentos. "A defesa de ClĂĄudio Castro confia na Justiça Eleitoral e afirma que não foram apresentados nos autos do processo elementos novos que sustentem as denĂșncias".

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, informou que "o MP se pautou em matérias jornalĂ­sticas e que não foram produzidas provas de que ele cometeu irregularidades".

A AgĂȘncia Brasil não conseguiu contato com os demais citados.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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